segunda-feira, junho 30, 2008

Bolas ...



Na ressaca de um fantástico fim-de-semana nas imediações de Alcácel-de-Sal estou completamente às bolas. Bolas vermelhas, de tamanhos diversos, são as 'medalhas' que atestam a minha vitória contra um batalhão de melgas que se preparava para me impedir de gozar um dos mais belos anoiteceres da época.
Claro que eu chamo-lhe vitória, quando a maior parte das pessoas, os amigos que comigo passaram o fim-de-semana inclusivé, me chama simplesmente, doida.
O facto é que, comichões aparte, o fim de dia de ontem foi lindo de morrer, e a beleza e serenidade do momento já ninguém me tira. Já as comichões, e as bolas, vão sendo 'tiradas' com Benaderma, Caladryl ou Fenistyl, conforme estou no escritório, em casa ou no carro.
Era só o que me faltava se um simples batalhão de melgas esfomeadas me impedia de gozar o fim-de-semana até ao fim!!!

terça-feira, junho 03, 2008

Oiça um bom conselho

Do alto dos meus (quase) 48 anos, aqui vos deixo um rol de conselhos que, desde já o posso jurar, são TODOS verdade!
Aproveitem-nos bem ... e divirtam-se!

Vozes de ontem


Photo by Leo Reynolds @ flickr.com

Todos os anos, no dia 1 de Junho tenho por hábito telefonar a uma ex-colega de trabalho para lhe dar os parabéns. Um hábito que começou já nem sei bem há quanto tempo, mas que repito com o maior prazer ano após ano. Curiosamente, não sou, nem nunca fui, particularmente amiga da pessoa em questão. Ela era a recepcionista e telefonista da empresa onde comecei a trabalhar (numa época em que as empresas ainda tinham uma voz, e todas as chamadas dentro da empresa, de entrada ou de saída, passavam por ela) e o nosso relacionamento era breve mas razoavelmente bem disposto. Sempre admirei a paciência que era preciso ter para estar um dia inteiro atrás de uma secretária (inicialmente era mesmo dentro de um cubículo) interagindo com dezenas de pessoas por dia e sendo ignorada pela esmagadora maioria. Talvez por isso, fui sempre particularmente simpática com ela, e quando saí dessa empresa para novos vôos, a Antonieta continuou a ser a voz do meu início de carreira.
Passaram já muitos anos, ela já se reformou, a dita empresa passou por mais de meia dúzia de nomes e de grupos económicos, dos cento e tal empregados da altura restam cinco ... mas os anos da Antonieta continuam a ser no dia 1 de Junho, e eu, talvez por fazer anos neste mesmo mês, nunca me esqueço, e ligo-lhe sempre, no próprio dia, ou no dia da semana mais próximo. Este ano não foi excepção. E lá estava, do outro lado, a voz ainda fresca que todos os dias me dava as boas-vindas, e a memória auditiva que faz com que me reconheça a voz, ainda hoje, às primeiras (poucas) palavras.
São engraçados estes laços que vamos tecendo com as pessoas que nos cruzam a vida, e acabam por vir a ocupar lugares surpreendentes. É que, se é verdade que os papéis principais (que reservamos a pais, filhos, familiares e amigos próximos) são fundamentais, estes papéis secundários, estas figurações ou participações especiais, especialmente curtas, que apenas ocuparam curtos momentos nas nossas vidas, são, afinal, fundamentais para nos ajudarem a estabelecer as coordenadas de quem fomos, por nos ajudarem a situar-nos no eu que hoje somos, por nos acompanharem, ainda que à distância, no caminho que vamos percorrendo.
Como conclusão, e porque o meu objectivo principal neste blog é inspirar-vos momentos positivos, aqui fica a sugestão: lembrem-se das pessoas que vão ficando para trás, nas vossas vidas, e liguem de vez em quando. Não necessariamente para uma conversa passada no passado, mas só para dizer olá. É sempre engraçado visitar quem fomos através da memória que deixámos nos outros.