terça-feira, outubro 11, 2005

No bosque encantado

No meu novo horizonte, o mar foi substituído por um bosque de oliveiras, pinheiros, salgueiros, cedros, choupos, jacarandás e figueiras, uma buganvília enorme a esconder sabe-se lá o quê, tufos de papiro que não imagino como possam ali ter ido parar, e outras árvores e arbustos que não conheço! Neste bosque do capuchinho vermelho, que rodeia um lar de idosos, há uma pequena horta, com o clássico saco de plástico a fazer de espantalho, uma ‘cerca’ feita de corda atada a quatro canas que delimitam os quatro cantos da horta, e uma curiosa cadeira de plástico cor de laranja, colocada à sombra de uma oliveira pequena, de costas para a horta. Nunca lá vi ninguém, mas divirto-me a imaginar o dono da horta, de guarda à dita, sentado na sua cadeira, qual soldado a guardar a rainha.
No outro lado do bosque, não muito longe, um dos velhinhos do lar construiu um esconderijo secreto: uma caixa entalada entre o tronco bifurcado de uma oliveira, sobre cuja tampa ele coloca vários vasos velhos, para manter o ar de sítio abandonado. Não sei o que ele ali faz, o que ali guarda, nem creio que isso seja muito importante. Imagino, sim, que se sinta muitíssimo privilegiado por ter um espaço só dele, num lar onde tem de partilhar a existência com tantos estranhos.
No meu novo horizonte há um mundo escondido dos olhos de quem passa com pressa e não consegue ou não pode ver mais do que os semáforos que há que passar a correr, para não perder tempo
E isso faz-me lembrar que em todos os sítios, mesmo nos mais improváveis, há lugares encantados e mágicos, que podemos escolher visitar, perdendo apenas dois ou três minutos do nosso precioso tempo.

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1 comentário:

Poor disse...

Viva o Festival de Jazz do Porto!!!!!:)
monges quê? a fazer o quê???:D